{"id":161,"date":"2009-02-19T15:19:22","date_gmt":"2009-02-19T15:19:22","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:16:08","modified_gmt":"2021-07-10T23:16:08","slug":"regiao_hidrografica_do_amazonas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/agua\/regioes_hidrograficas\/regiao_hidrografica_do_amazonas.html","title":{"rendered":"Regi\u00e3o Hidrogr\u00e1fica do Amazonas"},"content":{"rendered":"\n
O Amazonas \u00e9 grandioso em todos os seus aspectos. \u00c9 o segundo maior rio do mundo em extens\u00e3o (tem 6.275 quil\u00f4metros), perdendo apenas para o Nilo, no Egito. Sua vaz\u00e3o m\u00e9dia na foz, ou seja, o volume de \u00e1gua que seus diversos bra\u00e7os e afluentes despejam, \u00e9 de apoximadamente 209 milh\u00f5es de litros por segundo. Esse n\u00famero varia conforme o trecho, porque a velocidade da correnteza pode variar – mas \u00e9 sempre gigantesco. H\u00e1 estimativas de que, a cada dia, o Amazonas deposite uma m\u00e9dia de 3 milh\u00f5es de toneladas de sedimentos nas imedia\u00e7\u00f5es do ponto onde desemboca no Atl\u00e2ntico – tanto que a concentra\u00e7\u00e3o de sal e a cor do oceano ficam alterados por uma dist\u00e2ncia de at\u00e9 320 quil\u00f4metros da boca do rio.<\/p>\n\n\n\n
V\u00e1rios rios nascidos das neves eternas dos Andes se juntam para dar origem, no Peru, ao rio Mara\u00f1\u00f3n, que se converte no Amazonas ap\u00f3s mais algumas contribui\u00e7\u00f5es. Dos Andes \u00e0 foz, em Bel\u00e9m (PA), o Amazonas percorre um enorme caminho, passando pela Venezuela, Guiana, Equador, Bol\u00edvia e Col\u00f4mbia. Antes de desaguar no Oceano Atl\u00e2ntico, divide-se numa multiplicidade de bra\u00e7os, que formam um labirinto de ilhas; a maior \u00e9 de Maraj\u00f3. Entre o Peru e Bel\u00e9m, o Amazonas d\u00e1 origem a centenas de afluentes, v\u00e1rios deles com mais de 1.600 quil\u00f4metros, com o Madeira e o Negro.<\/p>\n\n\n\n
Nesta gigantesca plan\u00edcie tropical chuvas pesadas caem diariamente, com mais for\u00e7a entre janeiro e junho, o que faz variar o fluxo dos rios. Nos meses de maior pluviosidade, amplas \u00e1reas s\u00e3o inundadas, e o Amazonas, que costuma ter entre 1,6 e 10 quil\u00f4metros de largura, chega a ficar com 48 quil\u00f4metros.<\/p>\n\n\n\n
O Amazonas tamb\u00e9m se notabiliza por um fen\u00f4meno \u00fanico: a pororoca. Quando \u00e9 fase de lua cheia ou nova, o encontro da mar\u00e9 oce\u00e2nica com as correntes fluviais forma enormes ondas de at\u00e9 cinco metros de altura, capazes de percorrer at\u00e9 650 quil\u00f4metros rio adentro, a velocidade que chegam a 65 quil\u00f4metros por hora. Tamb\u00e9m \u00e9 famosa a diversidade dos seus ecossistemas – matas de terra firme, florestas inundadas, v\u00e1rzeas, igap\u00f3s, campos abertos e cerrados – e das esp\u00e9cies vegetais e animais que ali vivem. Foram descritas pelo menos 1,5 milh\u00e3o de esp\u00e9cies vegetais, 3 mil de peixes e 850 de p\u00e1ssaros – uma fra\u00e7\u00e3o m\u00ednima do que realmente existe.<\/p>\n\n\n\n
Em contraste, a densidade populacional \u00e9 baixa. H\u00e1 apenas 1,93 habitantes por quil\u00f4metro quadrado – dez vezes menos do que a m\u00e9dia nacional. Relativamente intocada at\u00e9 os anos 70, a Amaz\u00f4nia tem visto crescer o desmatamento e os inc\u00eandios florestais. At\u00e9 1978, a \u00e1rea desflorestada n\u00e3o passava de 85 mil quil\u00f4metros quadrados. Nas d\u00e9cadas seguintes, por\u00e9m, o ritmo de derrubada se acelerou. Em 1999, a \u00e1rea desmatada j\u00e1 era cinco vezes maior. A \u00e1gua tamb\u00e9m tem sofrido com atividades econ\u00f4micas predat\u00f3rias. Alguns rios da bacia est\u00e3o bastante contaminados por atividades de minera\u00e7\u00e3o, sobretudo o Madeira, Tapaj\u00f3s, Aman\u00e1, Juruena e Teles Pires.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Como cuidar da nossa \u00e1gua. Cole\u00e7\u00e3o Entenda e Aprenda. BEI. S\u00e3o Paulo-SP, 2003.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Nesta gigantesca plan\u00edcie tropical chuvas pesadas caem diariamente, com mais for\u00e7a entre janeiro e junho, o que faz variar o fluxo dos rios. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1385],"tags":[216,289],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/161"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=161"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/161\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4864,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/161\/revisions\/4864"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=161"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=161"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=161"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}