{"id":1600,"date":"2009-02-17T11:49:49","date_gmt":"2009-02-17T11:49:49","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:16:47","modified_gmt":"2021-07-10T23:16:47","slug":"cervo-do-pantanal_blastocerus_dichotomus","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/fauna\/mamiferos\/cervo-do-pantanal_blastocerus_dichotomus.html","title":{"rendered":"Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus)"},"content":{"rendered":"\n
Classe<\/strong>: Mammalia<\/p>\n\n\n\n Ordem<\/strong>: Artiodactyla<\/p>\n\n\n\n Fam\u00edlia<\/strong>: Cervidae<\/p>\n\n\n\n Nome cient\u00edfico<\/strong>: Blastocerus dichotomus<\/p>\n\n\n\n Nome vulgar<\/strong>: Cervo-do-pantanal<\/p>\n\n\n\n Categoria<\/strong>: Amea\u00e7ada<\/p>\n\n\n\n Caracter\u00edsticas<\/strong>: O cervo-do-pantanal \u00e9 o maior cerv\u00eddeo da Am\u00e9rica do Sul<\/strong>. Ocupa campos periodicamente inundados, como v\u00e1rzeas, \u00e1reas brejosas e savanas inund\u00e1veis. Devido ao seu porte avantajado e elegante, e tamb\u00e9m \u00e0 sua haste que alcan\u00e7a 60cm de altura, foi muito procurado como trof\u00e9u de ca\u00e7a. A press\u00e3o de ca\u00e7a furtiva sobre a esp\u00e9cie tem diminu\u00eddo devido \u00e0 sua progressiva raridade e ocorr\u00eancia em \u00e1reas de dif\u00edcil acesso. O cervo-do-pantanal possui uma colora\u00e7\u00e3o que varia de bruno-avermelhada at\u00e9 um tom castanho-rufo. Pode-se notar essa varia\u00e7\u00e3o individual no padr\u00e3o de colora\u00e7\u00e3o negra nas patas e canelas. H\u00e1 uma membrana na fenda dos cascos, unindo-os, denotando uma adapta\u00e7\u00e3o para caminhar em solos encharcados. Pode ser considerado podador\/pastador, alimentando-se de arbustos, como as leguminosas Aeschynomene spp. e Discolobium pulchellum. Utilizam ainda, com grande freq\u00fc\u00eancia, a macr\u00f3fita aqu\u00e1tica camalote-da-meia-noite (Nymphaea spp). Parece n\u00e3o haver competi\u00e7\u00e3o por alimento com o gado dom\u00e9stico. Este \u00faltimo, no entanto, promove um efeito mec\u00e2nico delet\u00e9rio sobre as forrageiras utilizadas pelo cervo-do-pantanal, fundamentalmente por quebra de arbustos e pisoteio, reduzindo as \u00e1reas utilizadas para alimenta\u00e7\u00e3o. N\u00e3o h\u00e1 uma estrutura social bem definida. Avistam-se geralmente machos solit\u00e1rios, acompanhando f\u00eameas no cio, prenhes ou com filhote. Podem-se encontrar grupos de machos e f\u00eameas nas mais diversas propor\u00e7\u00f5es. \u00c9 comum encontrarem-se aglomera\u00e7\u00f5es de animais pr\u00f3ximos a cursos d’\u00e1gua, especialmente durante o per\u00edodo seco. Esses grupos, por\u00e9m, s\u00e3o inst\u00e1veis e n\u00e3o formam agrega\u00e7\u00f5es coesas. O per\u00edodo de gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 de aproximadamente nove meses, nascendo um filhote por ninhada. N\u00e3o h\u00e1 uma esta\u00e7\u00e3o de nascimento n\u00edtida. No Pantanal, eles ocorrem de maio a outubro, antes da esta\u00e7\u00e3o chuvosa. O cervo-do-pantanal possui poucos predadores naturais, tendo sido observado apenas um indiv\u00edduo predado entre 23 presas ainda frescas de on\u00e7a-pintada (Panthera onca) na Fazenda Acurizal, no Pantanal do estado do Mato Grosso.<\/p>\n\n\n\n Altura<\/strong>: 120 cm de altura<\/p>\n\n\n\n Peso<\/strong>: Podendo atingir 150kg.<\/p>\n\n\n\n Comprimento<\/strong>: Comprimento de cabe\u00e7a e corpo entre 1,8 e 1,9m, cauda de 10 a 15cm. Sua enorme galhada pode medir em torno de 70 cm.<\/p>\n\n\n\n Ocorr\u00eancia Geogr\u00e1fica<\/strong>: A distribui\u00e7\u00e3o original abrangia \u00e1reas pantanosas ou inund\u00e1veis do sudeste do Peru, Paraguai, Bol\u00edvia, nordeste da Argentina, e possivelmente o noroeste do Uruguai. No Brasil, distribui-se nos estados de Rond\u00f4nia, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goi\u00e1s, Bahia, no norte do estado de Minas Gerais (bacia do rio S\u00e3o Francisco) e na regi\u00e3o sul do Brasil. Como o nome sugere, os h\u00e1bitats que o cervo-do-pantanal utiliza est\u00e3o restritos a \u00e1reas inund\u00e1veis, como v\u00e1rzeas de rios, banhados, savanas e campinas sazonalmente inundadas.<\/p>\n\n\n\n Categoria\/Crit\u00e9rio: VULNER\u00c1VEL<\/strong> – A esp\u00e9cie \u00e9 muito vulner\u00e1vel \u00e0 ca\u00e7a, por ocupar ambientes geralmente abertos, o que torna f\u00e1cil a sua visualiza\u00e7\u00e3o. No in\u00edcio do s\u00e9culo, foi muito procurada por sua pele, al\u00e9m dos cornos para trof\u00e9u de ca\u00e7a. Atualmente, a ca\u00e7a furtiva praticada por turistas, por popula\u00e7\u00f5es de baixa renda e por ca\u00e7adores de finais de semana em muito afeta os exemplares que chegam pr\u00f3ximo \u00e0s cidades e rodovias (Z. Campos, com. pess.). A destrui\u00e7\u00e3o do seu h\u00e1bitat e as atividades de ca\u00e7a s\u00e3o fatores ou processos prim\u00e1rios causadores da redu\u00e7\u00e3o das popula\u00e7\u00f5es. Igualmente grave \u00e9 a introdu\u00e7\u00e3o e dissemine\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as como brucelose e febre aftosa por ungulados ex\u00f3ticos. Acredita-se que estas enfermidades sejam respons\u00e1veis por grande parte das mortes de cervo-do-pantanal nos per\u00edodos de cheia na regi\u00e3o pantaneira. Neste per\u00edodo, os cervos-do-pantanal s\u00e3o obrigados a conviver estreitamente com bovinos e porco monteiros (Sus scrofa) infectados, em \u00e1reas isoladas pela inunda\u00e7\u00e3o anual. As unidades de conserva\u00e7\u00e3o federais e estaduais n\u00e3o s\u00e3o capazes de garantir a sobreviv\u00eancia da esp\u00e9cie, pois s\u00e3o \u00e1reas reduzidas, onde n\u00e3o se encontram popula\u00e7\u00f5es residentes, ou s\u00e3o estas muitos esparsas ou mesmo ausentes.<\/p>\n\n\n\n Cientista que descreveu<\/strong>: Illiger, 1815.<\/p>\n\n\n\n Observa\u00e7\u00f5es adicionais<\/strong>: S\u00e3o escassas as informa\u00e7\u00f5es que versam sobre o status das popula\u00e7\u00f5es de cervos-do-pantanal para o territ\u00f3rio nacional. As informa\u00e7\u00f5es mais interessantes foram fornecidas por Schaller, na d\u00e9cada de 70, quando o mesmo realizou levantamentos a\u00e9reos no Pantanal matogrossense. Apesar das limita\u00e7\u00f5es metodol\u00f3gicas, obteve-se uma estimativa populacional variando de 5.000 a 6.000 indiv\u00edduos, podendo alcan\u00e7ar a cifra de 7.000, para uma regi\u00e3o de aproximadamente 140.000km\u00b2.<\/p>\n\n\n\n Fonte: Mauro, R. A. Cervo-do-Pantanal Blastocerus dichotomus. Organizado por G. A. B. da Fonseca. Livro Vermelho dos Mam\u00edferos Brasileiros Amea\u00e7ados de Extin\u00e7\u00e3o. Belo Horizonte: Funda\u00e7\u00e3o Biodiversitas, 1994, p. 397-404.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O cervo-do-pantanal \u00e9 o maior cerv\u00eddeo da Am\u00e9rica do Sul. 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