<\/span><\/div>\n\n\n\nO Brasil \u00e9 o terceiro da lista dos 10 pa\u00edses com maior n\u00famero de macacos amea\u00e7ados (19 esp\u00e9cies), atr\u00e1s da Indon\u00e9sia e de Madagascar. O mico-le\u00e3o-da-cara-preta (Leontopithecus caissara), o macaco-prego-de-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) e o muriqui (Brachyteles hypoxanthus) s\u00e3o os que t\u00eam suas popula\u00e7\u00f5es mais afetadas, restando apenas poucas centenas de indiv\u00edduos. A Mata Atl\u00e2ntica \u00e9 o h\u00e1bitat das tr\u00eas esp\u00e9cies, algumas delas vivendo bem perto de grandes centros urbanos, como S\u00e3o Paulo, Belo Horizonte ou Salvador.<\/p>\n\n\n\n
Vinte e tr\u00eas dos 25 primatas amea\u00e7ados s\u00e3o encontrados em hotspots. O conceito de hotspots foi desenvolvido pela CI para designar uma \u00e1rea que cont\u00e9m 1.500 esp\u00e9cies de plantas end\u00eamicas e que perdeu mais de 3\/4 de sua vegeta\u00e7\u00e3o original. S\u00e3o 25 as regi\u00f5es identificadas com hotspots. Essas regi\u00f5es cobrem somente 1,4% da superf\u00edcie da Terra, mas abrigam mais de 60% de toda a diversidade animal e vegetal terrestre. A Mata Atl\u00e2ntica assim como o Cerrado s\u00e3o hotspots brasileiros.<\/p>\n\n\n\n
Seis hotspots s\u00e3o considerados prioridade m\u00e1xima na sobreviv\u00eancia dos primatas mais amea\u00e7ados. Conforme mostra a tabela ao lado, 137, ou 70% das esp\u00e9cies, vivem em 500.000 km2 de florestas tropicais.<\/p>\n\n\n\n
\u201c\u00c9 importante dizer que a Lista dos 25 Primatas Mais Amea\u00e7ados \u00e9 a ponta do iceberg, um documento que pede urg\u00eancia nas a\u00e7\u00f5es de conserva\u00e7\u00e3o\u201d, diz Bill Konstant, pesquisador da CI e co-autor do relat\u00f3rio. \u201cQualquer mudan\u00e7a de condi\u00e7\u00f5es nos pa\u00edses representados pode levar ao r\u00e1pido desaparecimento das 195 esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n\n\n\n
A atividade humana \u00e9, de fato, a principal causa do decl\u00ednio de nossos parentes mais pr\u00f3ximos. O desmatamento descontrolado, por conta da agricultura ou da extra\u00e7\u00e3o de madeira, e a captura de animais para fins de estima\u00e7\u00e3o, alimenta\u00e7\u00e3o, pesquisas biom\u00e9dicas, ou ca\u00e7a comercial s\u00e3o apontados como os principais fatores a serem monitorados, de acordo com o relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n
Na condi\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies-bandeira, os primatas s\u00e3o fundamentais para a sa\u00fade dos ecossistemas onde vivem. Ao dispersarem sementes de frutas e outros alimentos por eles consumidos, atuam na reprodu\u00e7\u00e3o de uma s\u00e9rie de plantas e animais que comp\u00f5em as florestas. O decl\u00ednio dos primatas est\u00e1 diretamente ligado \u00e0 crise de extin\u00e7\u00e3o global.<\/p>\n\n\n\n
Foram removidas algumas esp\u00e9cies que figuravam na Lista dos 25 Primatas Mais Amea\u00e7ados, publicada dois anos atr\u00e1s. \u00c9 o caso do mico-le\u00e3o-dourado e do mico-le\u00e3o-preto, que se beneficiaram de grandes esfor\u00e7os de prote\u00e7\u00e3o por parte do Governo Brasileiro. Ainda que essas esp\u00e9cies continuem sob forte amea\u00e7a, est\u00e3o implementados programas de monitoramento e conserva\u00e7\u00e3o gerenciados pelo IP\u00ca-Instituto de Pesquisas Ecol\u00f3gicas, em colabora\u00e7\u00e3o com o Wildlife Preservation Trust, da Filad\u00e9lfia, para o mico-le\u00e3o-preto; e pela Associa\u00e7\u00e3o mico-le\u00e3o-dourado (AMLD), em parceria com o National Zoological Park, e a Smithsonian Institution, para o Mico-le\u00e3o-dourado.<\/p>\n\n\n\n
Revista Eco 21, Ano XII, No 71, Outubro de 2002 (www.eco21.com.br).<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Um em cada tr\u00eas primatas que povoam o planeta corre o risco de ser extinto em poucas d\u00e9cadas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1463],"tags":[23,125,603,920],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1359"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1359"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1359\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5301,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1359\/revisions\/5301"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1359"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1359"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1359"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}