{"id":1355,"date":"2009-02-05T17:41:46","date_gmt":"2009-02-05T17:41:46","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:32:37","modified_gmt":"2021-07-10T23:32:37","slug":"cavalo_marinho","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/fauna\/artigos\/cavalo_marinho.html","title":{"rendered":"Cavalo Marinho"},"content":{"rendered":"\n

Classifica\u00e7\u00e3o<\/strong>
Nome Cient\u00edfico: Hippocampus sp
Classe: Osteichthyes
Ordem: Gasterosteiformes
Fam\u00edlia: Syngnathidae
Temperatura: de 24 a 26\u00baC
Densidade: 1.023-1.025<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

<\/span><\/div>\n\n\n\n

Caracter\u00edsticas<\/strong>
S\u00e3o animais marinhos e estuarinos; bent\u00f4nicos, com uma esp\u00e9cie pel\u00e1gica, presentes at\u00e9 os 90 m de profundidade.<\/p>\n\n\n\n

Morfologia<\/strong>
O nome deste peixe vem da semelhan\u00e7a de sua cabe\u00e7a com a do cavalo. Nada com o corpo em posi\u00e7\u00e3o vertical e a cabe\u00e7a para frente, movimentando-se pela vibra\u00e7\u00e3o das barbatanas dorsais. A cauda, longa e pre\u00eansil, permite-lhe agarrar-se \u00e0s plantas submarinas enquanto come pequenos crust\u00e1ceos. O cavalo-marinho possui placas d\u00e9rmicas formando uma coura\u00e7a que os protege dos inimigos. Possui boca pequena, terminal, usualmente no final do focinho tubular; aberturas branquiais fusionadas no corpo e no istmo; 4 arcos branquiais completos e com as br\u00e2nquias lobadas; espinhos ausentes na dorsal, p\u00e9lvicas ausentes; dimorfismo sexual presente; os machos incubam os ovos sob o tronco ou cauda.<\/p>\n\n\n\n


H\u00e1bitat<\/strong>
Vive nos fundos aqu\u00e1ticos, arenosos ou lodosos, em profundidades que variam de 8 a 45 metros. Seu habitat preferido s\u00e3o os campos de algas.<\/p>\n\n\n\n

Alimenta\u00e7\u00e3o<\/strong>
Eles s\u00e3o monof\u00e1gicos, ou seja alimentam-se somente de pequenos crust\u00e1ceos, como art\u00eamia salina e d\u00e1fnias. Alimentos que n\u00e3o se movimentam n\u00e3o ser\u00e3o comidos.<\/p>\n\n\n\n

Comportamento<\/strong>
Na natureza ficam presos \u00e0 corais e gorg\u00f4nias com suas caudas. Somente nadam em busca de alimento quando h\u00e1 falta deste. Adaptam-se bem em aqu\u00e1rios comunit\u00e1rios com outros peixes pequenos e lentos, mas n\u00e3o dever\u00e1 ser colocado em aqu\u00e1rio com invertebrados. (alguns invertebrados o atacam e outros s\u00e3o atacados pelo cavalo-marinho).<\/p>\n\n\n\n


Reprodu\u00e7\u00e3o<\/strong>
\u00c9 o macho que fica gr\u00e1vido, a f\u00eamea deposita os \u00f3vulos numa bolsa da regi\u00e3o ventral; ali eles s\u00e3o fecundados e depois incubados durante dois meses. O cavalo-marinho tem cerca de 15 cent\u00edmetros de comprimento. O tronco e a cauda s\u00e3o recobertos por an\u00e9is. A cabe\u00e7a \u00e9 separada do tronco por uma esp\u00e9cie de pesco\u00e7o. Quando os ovos eclodem, o macho realiza violentas contor\u00e7\u00f5es para expelir os filhotes. Ao nascer, estes s\u00e3o transparentes e medem pouco mais de 1 cent\u00edmetro.<\/p>\n\n\n\n

Distribui\u00e7\u00e3o Geogr\u00e1fica<\/strong>
A \u00e1rea de distribui\u00e7\u00e3o do cavalo-marinho inclui o Oceano Atl\u00e2ntico, \u00cdndico, Pac\u00edfico e Mediterr\u00e2neo. As 32 esp\u00e9cies de cavalos marinhos existentes no mundo est\u00e3o listadas como vulner\u00e1veis na IUCN Red List (Lista Vermelha da Uni\u00e3o Internacional para Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza). Por\u00e9m muito pouco se sabe sobre sua biologia em ambientes naturais. No Brasil existem duas esp\u00e9cies de cavalo-marinho o Hippocampus reidi e H. erectus.<\/p>\n\n\n\n


Interesse Econ\u00f4mico<\/strong>
Mundialmente, por ser esp\u00e9cie de interesse econ\u00f4mico para lojas de aqu\u00e1rio e para ind\u00fastria farmac\u00eautica oriental, tornou-se esp\u00e9cie vulner\u00e1vel, entrando para a IUNC Red List em 1996. A partir de 1997, todas as esp\u00e9cies de cavalos marinhos foram inclu\u00eddas no Anexo D da Lista de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas de Extin\u00e7\u00e3o da Comunidade Europ\u00e9ia (Vincent 1994a, 1995a,b).<\/p>\n\n\n\n


Pesca Abusiva<\/strong>
A pesca abusiva tem diminu\u00eddo os estoques naturais de cavalos marinhos em todo o mundo. A China \u00e9 o maior consumidor deste peixe em termos farmac\u00eauticos, seguida por Taiwan, Hong Kong e Singapura. Os rem\u00e9dios \u00e9 base de cavalos marinhos dizem aliviar desde asma at\u00e9 a impot\u00eancia sexual. Em uma farm\u00e1cia de Hong Kong, o pre\u00e7o de tal droga varia entre 120 e 400 d\u00f3lares\/Kg.<\/p>\n\n\n\n

Dados brasileiros sobre pesca de peixes ornamentais marinhos n\u00e3o s\u00e3o conhecidos ou divulgados. N\u00e3o h\u00e1 controle sobre a pesca para o com\u00e9rcio interior ou para a exporta\u00e7\u00e3o e n\u00e3o existe lei, em \u00e2mbito nacional, de prote\u00e7\u00e3o a tais peixes. Entretanto, sabe-se que a pesca do cavalo marinho \u00e9 abusiva. Os locais de criadouro natural n\u00e3o s\u00e3o respeitados, nem idade ou sexo dos esp\u00e9cimes coletados. S\u00e3o jovens que saem do mar antes de estarem aptos a reproduzir, bem como adultos maduros sexualmente e muitos machos j\u00e1 gr\u00e1vidos, que invariavelmente perdem seus filhotes, ainda dentro da embalagem pl\u00e1stica de viagem, devido ao estresse a que s\u00e3o submetidos, ou nos aqu\u00e1rios das lojas que n\u00e3o s\u00e3o adequados a receb\u00e9-los.<\/p>\n\n\n\n


Amea\u00e7ados de Extin\u00e7\u00e3o<\/strong>
Nos estados de Santa Catarina, Paran\u00e1, S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro, verifica-se a extrema press\u00e3o antr\u00f3pica sofrida pelas barras de rios e manguezais do litoral destes Estados. Infelizmente grande parte das regi\u00f5es estuarinas foram transformadas em corpos receptores de efluentes, tanto da popula\u00e7\u00e3o ribeirinha quanto do com\u00e9rcio e ind\u00fastria locais. Este fato naturalmente concorre para o desaparecimento dos cavalos marinhos que encontram nessas regi\u00f5es, o seu h\u00e1bitat.<\/p>\n\n\n\n

Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"