{"id":1313,"date":"2010-06-24T20:10:33","date_gmt":"2010-06-24T20:10:33","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T19:16:42","modified_gmt":"2021-07-10T22:16:42","slug":"historico_das_celulas_fotovoltaicas_e_a_evolucao_da_utilizacao_de_energia_solar","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/energia_solar\/historico_das_celulas_fotovoltaicas_e_a_evolucao_da_utilizacao_de_energia_solar.html","title":{"rendered":"Hist\u00f3rico das C\u00e9lulas Fotovoltaicas e a Evolu\u00e7\u00e3o da Utiliza\u00e7\u00e3o de Energia Solar"},"content":{"rendered":"\n

Em 1839, Edmond Becquerel observou que placas met\u00e1licas, de platina ou prata, quando mergulhadas em um eletr\u00f3lito e expostas \u00e0 luz produziam uma pequena diferen\u00e7a de potencial, este fen\u00f4meno foi denominado de efeito fotovoltaico. Em 1884, Charles Fritts produziu a primeira c\u00e9lula fotovoltaica usando sel\u00eanio, a caracter\u00edstica de fotocondutividade deste material foi descoberta por Smith em 1873.     <\/p>\n\n\n\n

A efici\u00eancia da c\u00e9lula de sel\u00eanio n\u00e3o chegava a 1%, mas com a evolu\u00e7\u00e3o cient\u00edfica do in\u00edcio do s\u00e9culo XX, principalmente a explica\u00e7\u00e3o do efeito fotoel\u00e9trico por Albert Einstein em 1905, a mec\u00e2nica qu\u00e2ntica com a teoria das bandas de energia, f\u00edsica dos semicondutores com os processos de purifica\u00e7\u00e3o e dopagem aplicadas aos transmissores, em 1954 foi anunciada a primeira c\u00e9lula fotovoltaica usando sil\u00edcio (com efici\u00eancia de 6%), desenvolvida pelos pesquisadores Calvin Fuller (qu\u00edmico), Gerald Pearson (f\u00edsico) e Daryl Chapin (engenheiro), todos do laborat\u00f3rio da Bell em Murray Hill, Nem Jersey, nos Estados Unidos da Am\u00e9rica.<\/p>\n\n\n\n

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Gerald Pearson, Daryl Chapin, Calvin Fuller e a sua primeira c\u00e9lula solar, desenvolvida nos laborat\u00f3rios da Bell Telephone C. em 1954.
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A primeira c\u00e9lula solar moderna foi apresentada em 1954. Tinha apenas dois cent\u00edmetros quadrados de \u00e1rea e uma efici\u00eancia de 6%, gerando 5 mW de pot\u00eancia el\u00e9trica. Cinq\u00fcenta anos depois, em 2004, foram produzidos cerca de mil milh\u00f5es de c\u00e9lulas, com efici\u00eancias da ordem dos 24,7%, alcan\u00e7ando a capacidade instalada mundial de energia solar superior a 8,2 GW em 2008, cerca de 57% da capacidade instalada de Itaipu. Os principais pa\u00edses produtores, curiosamente, est\u00e3o situados em latitudes m\u00e9dias e altas. O maior produtor mundial \u00e9 a Alemanha (com 3,86 GW instalados), seguido do Jap\u00e3o (com 1,91 GW) e Estados Unidos (830 MW). <\/p>\n\n\n\n

C\u00e9lulas solares com configura\u00e7\u00f5es mais complexas, as chamadas c\u00e9lulas em cascata (ou tandem) que consistem na sobreposi\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias c\u00e9lulas semicondutoras, cada uma otimizada para um dado comprimento de onda da radia\u00e7\u00e3o, permitem atingir rendimentos de convers\u00e3o superiores a 34%.<\/p>\n\n\n\n

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A primeira aplica\u00e7\u00e3o de uma c\u00e9lula solar de sil\u00edcio foi como fonte de alimenta\u00e7\u00e3o de uma rede telef\u00f4nica local em Americus, na Ge\u00f3rgia, Estudos Unidos da Am\u00e9rica, em 1955. <\/span><\/div>\n\n\n\n

Em 2007 pesquisadores da Universidade de Delaware, Estados Unidos, conseguiram bater o recorde de efici\u00eancia energ\u00e9tica das c\u00e9lulas solares cristalinas, atingindo um rendimento de 42,8% de convers\u00e3o sob condi\u00e7\u00f5es normais de ilumina\u00e7\u00e3o. As c\u00e9lulas solares cristalinas s\u00e3o o tipo mais tradicional de c\u00e9lula fotovoltaica, sendo fabricadas de sil\u00edcio, o mesmo material com que s\u00e3o feitos os chips de computador.     <\/p>\n\n\n\n

A European Photovoltaic Industry Association (EPIA) publicou um roteiro que avan\u00e7a as perspectivas da ind\u00fastria fotovoltaica para as pr\u00f3ximas d\u00e9cadas. Prevendo um crescimento do mercado semelhante ao dos \u00faltimos anos (superior a 30% por ano) e uma redu\u00e7\u00e3o nos custos proporcional ao crescimento de pain\u00e9is instalados, a EPIA antecipa que em 2020 cerca de 1% da eletricidade consumida mundialmente ser\u00e1 de origem fotovoltaica, elevando-se essa fra\u00e7\u00e3o para cerca de 26% em 2040. 
 
De acordo com um estudo publicado pelo Conselho Mundial da Energia, em 2100, 70% da energia consumida ser\u00e1 de origem solar.<\/p>\n\n\n\n

Ainda segundo o mesmo relat\u00f3rio publicado pela EPIA, do ponto de vista tecnol\u00f3gico a \u00eanfase ser\u00e1 dada \u00e0 redu\u00e7\u00e3o de custos atrav\u00e9s da redu\u00e7\u00e3o da mat\u00e9ria-prima (sil\u00edcio) utilizada por unidade de pot\u00eancia instalada, usando c\u00e9lulas mais finas ou produzidas diretamente em fita. Destaque-se ainda o desenvolvimento de novas t\u00e9cnicas de soldadura dos contatos el\u00e9tricos.<\/p>\n\n\n\n

Da reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"