{"id":1230,"date":"2009-01-27T13:47:51","date_gmt":"2009-01-27T13:47:51","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:28","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:28","slug":"energia_mareomotriz","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/maremotriz\/energia_mareomotriz.html","title":{"rendered":"Energia Mareomotriz"},"content":{"rendered":"\n
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As ondas do mar possuem energia cin\u00e9tica devido ao movimento da \u00e1gua e energia potencial devido \u00e0 sua altura. Energia el\u00e9trica pode ser obtida se for utilizado o movimento oscilat\u00f3rio das ondas. O aproveitamento \u00e9 feito nos dois sentidos: na mar\u00e9 alta a \u00e1gua enche o reservat\u00f3rio, passando atrav\u00e9s da turbina, e produzindo energia el\u00e9trica, na mar\u00e9 baixa a \u00e1gua esvazia o reservat\u00f3rio, passando novamente atrav\u00e9s da turbina, agora em sentido contr\u00e1rio ao do enchimento, e produzindo energia el\u00e9trica.<\/p>\n\n\n\n

A desvantagem de se utilizar este processo na obten\u00e7\u00e3o de energia \u00e9 que o fornecimento n\u00e3o \u00e9 cont\u00ednuo e apresenta baixo rendimento. As centrais s\u00e3o equipadas com conjuntos de turbinas bolbo, totalmente imersas na \u00e1gua. A \u00e1gua \u00e9 turbinada durante os dois sentidos da mar\u00e9, sendo de grande vantagem a posi\u00e7\u00e3o vari\u00e1vel das p\u00e1s para este efeito. No entanto existem problemas na utiliza\u00e7\u00e3o de centrais de energia das ondas, que requerem cuidados especiais: as instala\u00e7\u00f5es n\u00e3o podem interferir com a navega\u00e7\u00e3o e t\u00eam que ser robustas para poder resistir \u00e0s tempestades mas ser suficientemente sens\u00edveis para ser poss\u00edvel obter energia de ondas de amplitudes vari\u00e1veis. Esta energia \u00e9 proveniente das ondas do mar. O aproveitamento energ\u00e9tico das mar\u00e9s \u00e9 obtido atrav\u00e9s de um reservat\u00f3rio formado junto ao mar, atrav\u00e9s da constru\u00e7\u00e3o de uma barragem, contendo uma turbina e um gerador.<\/p>\n\n\n\n

A maioria das instala\u00e7\u00f5es de Centrais de energia das ondas existentes s\u00e3o de pot\u00eancia reduzida, situando-se no alto mar ou junto \u00e0 costa, e para fornecimento de energia el\u00e9trica a far\u00f3is isolados ou carregamento de baterias de b\u00f3ias de sinaliza\u00e7\u00e3o. As instala\u00e7\u00f5es de centrais de pot\u00eancia m\u00e9dia, apenas tem interesse econ\u00f4mico em casos especiais de geometria da costa. O n\u00famero de locais no mundo em que esta situa\u00e7\u00e3o ocorre \u00e9 reduzido.<\/p>\n\n\n\n

As mar\u00e9s s\u00e3o o resultado da combina\u00e7\u00e3o de for\u00e7as produzidas pela atra\u00e7\u00e3o do sol e da lua e do movimento de rota\u00e7\u00e3o da Terra leva \u00e0 subida e descida da \u00e1gua dos oceanos e mares: as mar\u00e9s. Os movimentos verticais da \u00e1gua dos oceanos, associados \u00e0 subida e descida das mar\u00e9s \u00e9 acompanhado num movimento horizontal, denominado por correntes das mar\u00e9s. Estas correntes tem uma periodicidade id\u00eantica \u00e0 das oscila\u00e7\u00f5es verticais. Efeitos das zonas terrestres (bacias hidrogr\u00e1ficas e ba\u00edas, estreitos e canais) provocam restri\u00e7\u00f5es a estes movimentos peri\u00f3dicos podendo da\u00ed resultar elevadas amplitudes ou elevadas velocidades da corrente da mar\u00e9.<\/p>\n\n\n\n

Nos pa\u00edses como a Fran\u00e7a, o Jap\u00e3o e a Inglaterra este tipo de energia gera eletricidade. No Brasil, temos cidades com grandes amplitudes de mar\u00e9s, como S\u00e3o Lu\u00eds – Ba\u00eda de S\u00e3o Marcos, no Maranh\u00e3o – com 6,8 metros e em Tut\u00f3ia com 5,6 metros. Mas nestas regi\u00f5es, infelizmente, a topografia do litoral n\u00e3o favorece a constru\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica de reservat\u00f3rios, o que impede seu aproveitamento.<\/p>\n\n\n\n

Curiosidades:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

– Em Portugal h\u00e1 uma central na ilha do Pico nos A\u00e7ores. A central \u00e9 do tipo de coluna de \u00e1gua oscilante, com uma turbina Wells de eixo horizontal que aciona um gerador el\u00e9trico de velocidade vari\u00e1vel, com a pot\u00eancia de 400 kW.<\/p>\n\n\n\n

– Na Europa foi constru\u00edda uma central de produ\u00e7\u00e3o de energia das mar\u00e9s em La Rance (Fran\u00e7a), a 10 km da desembocadura do rio Rance no Canal da Mancha. Neste local a amplitude da mar\u00e9 \u00e9 de 13 metros. As turbinas da central funcionam quando enche e quando esvazia o estu\u00e1rio do rio Rance. Est\u00e1 em funcionamento desde 1966 e produz cerca de 550 GWh anualmente.<\/p>\n\n\n\n

– O Centro de Ci\u00eancia e Tecnologia da Marinha do Jap\u00e3o estuda formas de obter energia das ondas do mar. Para tanto, come\u00e7ou a testar em julho um gerador flutuante que atende pelo estranho nome de Baleia Poderosa. \u00c9 uma balsa que foi ancorada na entrada de uma ba\u00eda com sua frente apontada para a dire\u00e7\u00e3o das ondas, mede 50 metros de comprimento por 30 de largura e 12 de profundidade, e \u00e9 dividida internamente em tr\u00eas compartimentos, todos cheios de ar. Trata-se de um sistema engenhoso que converte a energia das ondas em energia pneum\u00e1tica. O balan\u00e7o das ondas faz com que o n\u00edvel da \u00e1gua no interior das c\u00e2maras suba e des\u00e7a sem parar, fazendo-as funcionar como pist\u00f5es gigantes. Quando o n\u00edvel do mar sobe, a \u00e1gua comprime o ar que \u00e9 afunilado na dire\u00e7\u00e3o de uma turbina, movendo suas p\u00e1s e gerando 110 kW de eletricidade.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: ISTO \u00c9 – 23 de setembro de 1998.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"