{"id":1168,"date":"2009-01-23T16:11:21","date_gmt":"2009-01-23T16:11:21","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:39","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:39","slug":"materias-primas_tecnologia_agricola_e_disponibilidade_de_areas_no_brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/biocombustivel\/materias-primas_tecnologia_agricola_e_disponibilidade_de_areas_no_brasil.html","title":{"rendered":"Mat\u00e9rias-primas, tecnologia agr\u00edcola e disponibilidade de \u00e1reas no Brasil"},"content":{"rendered":"\n

Quanto \u00e0s mat\u00e9rias-primas mais promissoras para utiliza\u00e7\u00e3o, deve-se referir aos estudos recentes da EMBRAPA, em 2003, para levantar os cultivos e as aptid\u00f5es regionais. De uma forma geral, t\u00eam sido mencionados a soja para as regi\u00f5es Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a mamona para o Nordeste e o dend\u00ea para a regi\u00e3o Amaz\u00f4nica.<\/p>\n\n\n\n

Girassol, amendoim e outros tamb\u00e9m t\u00eam sido considerados. Igualmente, as Palm\u00e1ceas tropicais s\u00e3o sempre mencionadas como vi\u00e1veis e potenciais produtores de biodiesel. Alguns estudos apontam perspectivas interessantes para as oleaginosas aparentemente inusitadas e pouco citadas, como o abacate, com uma produtividade estimada em 1200 litros de biodiesel por hectare.<\/p>\n\n\n\n

Muitas oleaginosas podem ser usadas para a produ\u00e7\u00e3o de biodiesel. A \u00e1rea para suprir 5% do diesel B5 com oleaginosas locais, e usando apenas soja, dend\u00ea e mamona, seria cerca de 3 milh\u00f5es de hectares. A \u00e1rea de expans\u00e3o poss\u00edvel para gr\u00e3os \u00e9 de, pelo menos, 90 milh\u00f5es de hectares. As \u00e1reas aptas para o dend\u00ea atingem, na Amaz\u00f4nia, cerca de 70 milh\u00f5es de hectares, com alta aptid\u00e3o em cerca de 40%.<\/p>\n\n\n\n

A soja conta com uma base agr\u00edcola variada e tecnologia adequada, al\u00e9m de uma enorme experi\u00eancia da produ\u00e7\u00e3o como cultura extensiva, de grandes \u00e1reas. Utiliza 20 milh\u00f5es de hectares e disp\u00f5e de 100 milh\u00f5es de hectares aptos para expans\u00e3o. N\u00e3o h\u00e1 limita\u00e7\u00f5es nem t\u00e9cnicas, nem de \u00e1reas para suportar um programa de biodiesel para misturas.<\/p>\n\n\n\n

O agroneg\u00f3cio da soja gera empregos diretos para 4,7 milh\u00f5es de pessoas em diversos segmentos, de insumos, produ\u00e7\u00e3o, transporte, processamento e distribui\u00e7\u00e3o, e nas cadeias produtivas de su\u00ednos e aves. Trata-se de uma produ\u00e7\u00e3o de 52 milh\u00f5es de toneladas em 20 milh\u00f5es de hectares, no total, diretos e indiretos, quatro hectares por pessoa.<\/p>\n\n\n\n

Na Europa e nos EUA, o custo do biodiesel \u00e9 hoje, 1,5 a 3 vezes maior que o diesel mineral. N\u00e3o h\u00e1 previs\u00e3o de redu\u00e7\u00f5es importantes desse custo para o futuro. O biodiesel \u00e9 justificado por externalidades positivas como o meio ambiente, gera\u00e7\u00e3o de empregos, seguran\u00e7a e balan\u00e7o de pagamentos. O mesmo ocorreria no Brasil; com exce\u00e7\u00e3o poss\u00edvel no caso da mamona ou algumas oleaginosas que poderiam evoluir muito com a pesquisa agr\u00edcola. Contudo, \u00e9 preciso conhecer, de modo mais detalhado, os custos atuais e esperados no futuro. Al\u00e9m de valorizar externalidades positivas importantes como gera\u00e7\u00e3o de empregos e renda, \u00e9 importante dimensionar os n\u00edveis de subs\u00eddios necess\u00e1rios, decidir sobre a adequa\u00e7\u00e3o, ou considerar alternativas.<\/p>\n\n\n\n

A diferen\u00e7a entre custos de produ\u00e7\u00e3o do diesel, sem impostos, e custos de oportunidade, que s\u00e3o os valores pagos no mercado internacional para os \u00f3leos vegetais, indica o valor do subs\u00eddio a ser pago diretamente ou por meio de ren\u00fancia fiscal. Mesmo no caso da soja, que conta com um subs\u00eddio m\u00ednimo, apenas a ren\u00fancia fiscal n\u00e3o seria suficiente para atingir o valor ideal para a incorpora\u00e7\u00e3o do biodiesel como alternativa econ\u00f4mica ao \u00f3leo mineral.<\/p>\n\n\n\n

Ambiente Brasil<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Conte\u00fado de Biocombust\u00edvel <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1447],"tags":[52,114],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1168"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1168"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1168\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5519,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1168\/revisions\/5519"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1168"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1168"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1168"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}