{"id":1120,"date":"2009-01-23T11:14:28","date_gmt":"2009-01-23T11:14:28","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:51","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:51","slug":"alcool_solucao_para_o_passado_presente_e_futuro","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/artigos_energia\/alcool_solucao_para_o_passado_presente_e_futuro.html","title":{"rendered":"\u00c1lcool: solu\u00e7\u00e3o para o passado, presente e futuro"},"content":{"rendered":"\n
Numa entrevista ao jornal The New York Times, publicada em 1925, Henry Ford j\u00e1 profetizava: “o \u00e1lcool \u00e9 o combust\u00edvel do futuro”. Demoram cinq\u00fcenta anos – embalados por duas graves crises no abastecimento de petr\u00f3leo – para que um pa\u00eds adotasse o conselho de um dos pioneiros da ind\u00fastria automobil\u00edstica e voltasse seus esfor\u00e7os para a cria\u00e7\u00e3o de uma alternativa energ\u00e9tica aos derivados f\u00f3sseis. Por ironia, a solu\u00e7\u00e3o veio, h\u00e1 28 anos, de um pa\u00eds em desenvolvimento, que implantou um programa de \u00e1lcool com o prop\u00f3sito de garantir sua seguran\u00e7a energ\u00e9tica, iniciando uma verdadeira revolu\u00e7\u00e3o no setor de combust\u00edveis. Essa honra coube ao Brasil.<\/p>\n\n\n\n
O Programa Nacional do \u00c1lcool (Pro\u00e1cool), que come\u00e7ou t\u00edmido, com a proposta de aumentar a mistura de \u00e1lcool na gasolina, ganhou corpo com os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a produ\u00e7\u00e3o nacional de tal forma que, em meados da d\u00e9cada de 80, os ve\u00edculos movidos exclusivamente ao combust\u00edvel renov\u00e1vel respondiam por mais de 70% das vendas de carros novos. Mas o mesmo governo que levou o \u00e1lcool ao seu auge, tamb\u00e9m provocou a derrocada na d\u00e9cada seguinte. A queda nos pre\u00e7os internacionais do petr\u00f3leo fez com que o governo revisse a sua estrat\u00e9gia, e abandonasse o Pro\u00e1lcool \u00e0 pr\u00f3pria sorte. Em uma d\u00e9cada, as vendas de ve\u00edculos a \u00e1lcool se tornaram irris\u00f3rias e o setor s\u00f3 n\u00e3o quebrou de vez por conta da abertura das exporta\u00e7\u00f5es de a\u00e7\u00facar e da manuten\u00e7\u00e3o da mistura de \u00e1lcool anidro na gasolina.<\/p>\n\n\n\n
Mas o mundo d\u00e1 voltas, e o que antes era tido como um anacronismo de outras d\u00e9cadas, se tornou, no s\u00e9culo XXI, uma grande oportunidade de neg\u00f3cios para o Pa\u00eds. A principal matriz energ\u00e9tica mundial continua a mesma, o petr\u00f3leo, mas as preocupa\u00e7\u00f5es mudaram, principalmente em rela\u00e7\u00e3o ao meio ambiente, principalmente \u00e0s mudan\u00e7as do clima. O consenso da comunidade cient\u00edfica em rela\u00e7\u00e3o ao aquecimento do planeta, devido ao aumento das emiss\u00f5es de poluentes provenientes da queima de combust\u00edveis f\u00f3sseis, reacendeu o interesse sobre os biocombust\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n