{"id":1118,"date":"2009-01-23T11:13:01","date_gmt":"2009-01-23T11:13:01","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:51","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:51","slug":"energia_das_ondas_do_mar","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/artigos_energia\/energia_das_ondas_do_mar.html","title":{"rendered":"Energia das ondas do mar"},"content":{"rendered":"\n
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A diretora da COPPE, Angela Uller, o presidente da Eletrobr\u00e1s, Luiz Pinguelli Rosa, e o governador do Estado do Cear\u00e1, L\u00facio Alc\u00e2ntara, assinaram, dia 2 de Fevereiro de 2004, um conv\u00eanio para constru\u00e7\u00e3o da primeira Usina de Energia das Ondas das Am\u00e9ricas. O projeto, in\u00e9dito no mundo, foi desenvolvido no Laborat\u00f3rio de Tecnologia Submarina da COPPE.<\/p>\n\n\n\n

A principal inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica deste projeto concebido pela COPPE est\u00e1 no uso da c\u00e2mara hiperb\u00e1rica, equipamento que simula ambientes marinhos de alta press\u00e3o. A c\u00e2mara simular\u00e1 a press\u00e3o de uma queda d\u00b4\u00e1gua, similar a de uma usina hidrel\u00e9trica, para gerar energia. A COPPE possui a \u00fanica c\u00e2mara hiperb\u00e1rica da Am\u00e9rica do Sul capaz de simular ambientes marinhos de at\u00e9 5 mil metros de profundidade.
Coordenado pelo professor de engenharia oce\u00e2nica e chefe do Laborat\u00f3rio de Tecnologia Submarina (LTS) da COPPE, Segen Estefen, o projeto prev\u00ea o desenvolvimento de estudos das condi\u00e7\u00f5es do mar e de modelos experimentais para o dimensionamento do prot\u00f3tipo, al\u00e9m do acompanhamento da fabrica\u00e7\u00e3o e instala\u00e7\u00e3o do modelo. Os estudos est\u00e3o baseados na tese de doutorado de Eliab Ricarte e na tese de mestrado de Paulo Roberto da Costa, ambos alunos da COPPE\/ UFRJ.
O prot\u00f3tipo da primeira usina de ondas das Am\u00e9ricas ser\u00e1 instalado na costa do Cear\u00e1 e gerar\u00e1 500 KW, energia suficiente para abastecer 200 fam\u00edlias. A estimativa \u00e9 de que a usina entre em opera\u00e7\u00e3o em Outubro de 2006. Os pesquisadores fizeram demonstra\u00e7\u00e3o com um modelo em escala reduzida da Usina de Energia das Ondas, no Tanque Oce\u00e2nico da COPPE. O conv\u00eanio tamb\u00e9m inclui levantamento da capacidade de gera\u00e7\u00e3o de energia de toda a costa brasileira.<\/p>\n\n\n\n

Potencial energ\u00e9tico<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Estudos preliminares revelam que o litoral do Brasil tem potencial para suprir quinze por cento do total de energia el\u00e9trica consumida no Pa\u00eds, hoje em torno de 300 mil GWh\/ano. Os pesquisadores da COPPE j\u00e1 iniciaram tamb\u00e9m o mapeamento da costa do Cear\u00e1 e caber\u00e1 ao Governo do Estado decidir sobre o local de instala\u00e7\u00e3o do prot\u00f3tipo.
Em raz\u00e3o dos ventos al\u00edsios, o Cear\u00e1 possui as condi\u00e7\u00f5es ideais para a instala\u00e7\u00e3o de uma Usina de Ondas. A a\u00e7\u00e3o constante de ventos proporciona a regularidade de freq\u00fc\u00eancia e altura das ondas necess\u00e1ria para o bom funcionamento do conceito de usina proposto pela COPPE.
Segundo Segen Estefen, se todo o potencial energ\u00e9tico dos oceanos \u2013 avaliado em 1 TW (terawatt) \u2013 fosse aproveitado, seria poss\u00edvel atender a demanda de energia de todo o Planeta.
Com 8,5 mil quil\u00f4metros de costa e cerca de setenta por cento da popula\u00e7\u00e3o ocupando regi\u00f5es litor\u00e2neas, o Brasil apresenta condi\u00e7\u00f5es mais do que prop\u00edcias para obter vantagens com esta fonte de energia abundante, renov\u00e1vel e n\u00e3o poluente.
O custo de implementa\u00e7\u00e3o de uma usina de ondas \u00e9 trinta por cento mais barato que o de uma usina e\u00f3lica e similar ao de uma usina hidrel\u00e9trica. Al\u00e9m disso, o impacto ambiental deste tipo de empreendimento \u00e9 bastante reduzido.
Nos \u00faltimos cinco anos ocorreu um grande avan\u00e7o na implanta\u00e7\u00e3o de usinas de energia das ondas em v\u00e1rios pa\u00edses da Europa, principalmente na Espanha, Austr\u00e1lia e Jap\u00e3o. S\u00f3 no Reino Unido existem sete projetos, dois em opera\u00e7\u00e3o e cinco em est\u00e1gio avan\u00e7ado de desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

Como funciona
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Na Usina de Ondas concebida pela COPPE, flutuadores acoplados a uma estrutura de viga acionam uma bomba hidr\u00e1ulica que por meio de movimentos alternados injeta \u00e1gua nas c\u00e2maras hiperb\u00e1ricas interligadas. As c\u00e2maras ent\u00e3o liberam um jato de \u00e1gua com press\u00e3o e vaz\u00e3o necess\u00e1rias para acionar uma turbina convencional, que acoplada a um gerador, fornece energia el\u00e9trica. Testes com um modelo em escala reduzida v\u00eam sendo realizados na institui\u00e7\u00e3o para avaliar o dimensionamento da usina.<\/p>\n\n\n\n

Carla Maria da Silva – Jornalista da Cooppe
\nFonte: Revista Eco 21, Ano XIV, Edi\u00e7\u00e3o 87, Fevereiro 2004. (www.eco21.com.br)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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