{"id":1103,"date":"2009-01-23T10:31:58","date_gmt":"2009-01-23T10:31:58","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:55","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:55","slug":"marxismo_e_biomassa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/artigos_energia\/marxismo_e_biomassa.html","title":{"rendered":"Marxismo e Biomassa"},"content":{"rendered":"\n
\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

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Se a condi\u00e7\u00e3o para implantar a biomassa \u00e9 ou n\u00e3o o socialismo, fica na depend\u00eancia de antes esclarecer qual a rela\u00e7\u00e3o entre energia e o sistema s\u00f3cio-pol\u00edtico, tendo em vista a era dos combust\u00edveis f\u00f3sseis que ocupou os \u00faltimos 200 anos de hist\u00f3ria. Podemos verificar que o petr\u00f3leo, a fiss\u00e3o nuclear, as grandes hidroel\u00e9tricas, o carv\u00e3o mineral, o xisto betuminoso, entre outros, pelas suas dimens\u00f5es de escala s\u00e3o incompat\u00edveis com um sistema socialmente igualit\u00e1rio e, contrariamente, s\u00e3o harm\u00f4nicos com o grande capital financeiro.<\/p>\n\n\n\n

Recordemos que o socialismo foi concebido e implantado sob a \u00e9gide das formas energ\u00e9ticas f\u00f3sseis. Trata-se assim de problema at\u00e9 hoje insond\u00e1vel que provavelmente esteja na raiz do fracasso de experi\u00eancias socialistas que comprometeram alguns de seus objetivos. Como essas formas energ\u00e9ticas predisp\u00f5em a necessidade de volumes ponder\u00e1veis de capital, isso explica, pelo menos em parte, o imperativo do capitalismo de Estado na ex-Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica. \u00c9 necess\u00e1rio enfatizar por\u00e9m que as formas energ\u00e9ticas derivadas da biomassa condicionam mas n\u00e3o determinam o sistema pol\u00edtico, socialista ou n\u00e3o, ou seja, sempre \u00e9 poss\u00edvel a explora\u00e7\u00e3o da biomassa em regime social e politicamente esp\u00fario.<\/p>\n\n\n\n

Infere-se da\u00ed que historicamente, sobretudo a partir dos finais do S\u00e9culo XVIII, a forma energ\u00e9tica f\u00f3ssil dominante impediu de modo excludente que as potencialidades das regi\u00f5es tropicais fossem avaliadas em sua fun\u00e7\u00e3o civilizat\u00f3ria. Nascemos como parte do Ocidente centrado na Europa ib\u00e9rica no S\u00e9culo XVI sob os influxos da biomassa, a qual est\u00e1 na base da expans\u00e3o mercantil de ent\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Esse marco energ\u00e9tico vai at\u00e9 o aparecimento do carv\u00e3o mineral e o seu uso na m\u00e1quina a vapor, que promoveu a hegemonia inglesa, seguida pela dos Estados Unidos da Am\u00e9rica e, na seq\u00fc\u00eancia, a explora\u00e7\u00e3o intensiva e extensiva do petr\u00f3leo.<\/p>\n\n\n\n

Assim, esse per\u00edodo de 200 anos representou uma pausa na explora\u00e7\u00e3o da biomassa, deixando-a submersa e latente, com o predom\u00ednio das formas f\u00f3sseis acumuladas em eras geol\u00f3gicas. Isso, embora tivesse representado apenas breve intervalo da hist\u00f3ria da humanidade, em suas conseq\u00fc\u00eancias erigiu-se em paradigma inexor\u00e1vel e \u00fanico como modelo energ\u00e9tico de desenvolvimento. Ele resultou de imensa concentra\u00e7\u00e3o temporal e espacial do combust\u00edvel f\u00f3ssil em cotejo com as formas energ\u00e9ticas vegetais tropicais.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto essas formas energ\u00e9ticas renov\u00e1veis \u2013 hidratos de carbono \u2013 exigem plantio, irriga\u00e7\u00e3o e colheita, em processo de produ\u00e7\u00e3o incomparavelmente mais \u00e1rduo e trabalhoso do que a energia concentrada nos combust\u00edveis f\u00f3sseis. Estes resultam da transforma\u00e7\u00e3o dos hidratos de carbono em hidrocarbonetos ao longo de centenas de milh\u00f5es de anos em processo de fossiliza\u00e7\u00e3o. Disso resultam formas energ\u00e9ticas concentradoras, de reduzid\u00edssimas localiza\u00e7\u00f5es no planeta, o que favorece a cobi\u00e7a e o dom\u00ednio pelo grande capital. Sendo formas n\u00e3o-renov\u00e1veis t\u00eam limita\u00e7\u00f5es de uso enquanto as suas reservas v\u00e3o se depauperando com o tempo. O mundo hoje vive em estado de guerra devido ao vislumbre do seu t\u00e9rmino. As grandes pot\u00eancias econ\u00f4mico-militares, dependentes de modo crucial do petr\u00f3leo, procuram, de modo crescente, por meios militares e outros, preservar para si o que sobra dessas reservas em crescente decr\u00e9scimo.<\/p>\n\n\n\n

Sublinhamos anteriormente n\u00e3o haver determinismo s\u00f3cio-pol\u00edtico no uso da energia da biomassa, o que significa que ela pode ter utiliza\u00e7\u00e3o libert\u00e1ria ou liberticida, dependendo da organiza\u00e7\u00e3o pol\u00edtica a que est\u00e1 subordinada e, sobretudo, do regime de propriedade. Nesse contexto \u00e9 preciso esclarecer a quest\u00e3o brasileira do latif\u00fandio, o qual tem se demonstrado ser incompat\u00edvel com um projeto nacional libert\u00e1rio, esteja ancorado na biomassa ou n\u00e3o. Trata-se de uma apropria\u00e7\u00e3o concentrada da terra em m\u00e3os de um pequeno n\u00famero de propriet\u00e1rios, em geral associados ao grande capital financeiro. \u00c9 processo imanente ao dom\u00ednio de corpora\u00e7\u00f5es transnacionais, cuja influ\u00eancia \u00e9 cada vez mais acentuada nos \u00faltimos 10 anos.<\/p>\n\n\n\n

O governo FHC quase destruiu o Estado e desmontou a estrutura produtiva industrial de empresas de economia mista e as de capital privado nacionais. Com a pol\u00edtica dos transg\u00eanicos do governo petista de Lu\u00eds In\u00e1cio Lula delineia-se no horizonte a entrega da terra \u00e0s grandes corpora\u00e7\u00f5es transnacionais. Este \u00e9 um processo novo do dom\u00ednio colonialista que acarretar\u00e1 crescente desemprego pelos excludentes mecanismos tecnol\u00f3gicos das \u201cplantations\u201d, os quais afastam a absor\u00e7\u00e3o da m\u00e3o de obra extensiva. Se o processo industrial j\u00e1 havia desempregado muita gente pela internacionaliza\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria e sua progressiva e desnecess\u00e1ria automa\u00e7\u00e3o, agora essa tend\u00eancia ao desemprego estende-se \u00e0 \u00e1rea agr\u00edcola.<\/p>\n\n\n\n

As \u201cplantations\u201d transnacionais da biomassa significariam o genoc\u00eddio do povo brasileiro. O Clube de Roma anunciou desde o in\u00edcio da d\u00e9cada dos 70 que 3\/4 da humanidade \u00e9 dispens\u00e1vel para fins produtivos. \u00c9 a ideologia do exterm\u00ednio que, paradoxalmente, convive carnalmente com o Fome Zero e a pros\u00e1pia da cidadania do governo petista. \u00c9 a apoteose da ideologia do emprego contra o trabalho.<\/p>\n\n\n\n

A internacionaliza\u00e7\u00e3o da terra e sua concentra\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica culminam na pol\u00edtica criminosa dos transg\u00eanicos resultantes da lei das patentes, que enfeixam sob o regime de monop\u00f3lio mundial a propriedade das sementes. Isso redunda no adeus \u00e0 agricultura em m\u00e3os de brasileiros e na impossibilidade de sermos os produtores de energia renov\u00e1vel e limpa diante do ocaso do petr\u00f3leo. Com esse panorama a miragem de uma reforma agr\u00e1ria sob a bandeira petista \u00e9 uma mistifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 desnorteante que setores que poderiam ser dos mais beneficiados com uma pol\u00edtica energ\u00e9tica da biomassa, como \u00e9 o caso dos \u201csem terra\u201d, fazem resist\u00eancia a essa pol\u00edtica.<\/p>\n\n\n\n

Associando-a com o regime de latif\u00fandio, manifestam-se reticentes ao uso da biomassa na produ\u00e7\u00e3o de energia. S\u00e3o menos refrat\u00e1rios por\u00e9m a outras produ\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas como feij\u00e3o, arroz, trigo etc. ou ao dom\u00ednio do mercado externo da soja brasileira por meia d\u00fazia de corpora\u00e7\u00f5es transnacionais.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 que colocar em discuss\u00e3o o papel do Estado, cuja participa\u00e7\u00e3o no desenvolvimento econ\u00f4mico brasileiro \u2013 em particular no processo de industrializa\u00e7\u00e3o \u2013 foi decisivo. Nas \u00faltimas d\u00e9cadas as corpora\u00e7\u00f5es transnacionais instalaram-se no Brasil com auxilio de amplo programa de subs\u00eddios e incentivos dados pelo Estado. Esse processo teve o seu sustent\u00e1culo na substitui\u00e7\u00e3o de importa\u00e7\u00f5es, tendo por objetivo a incorpora\u00e7\u00e3o de pacotes tecnol\u00f3gicos trazidos para o pa\u00eds tendo como origem corpora\u00e7\u00f5es transnacionais. Se esse modelo teve a vantagem de queimar etapas no processo dito de desenvolvimento, em contrapartida consolidou modelo de depend\u00eancia tecnol\u00f3gica externa.<\/p>\n\n\n\n

O historiador Nelson Werneck Sodr\u00e9 assinala em seu livro \u201cBrasil: Radiografia de um Modelo\u201d que desde o plano de metas o imperialismo colocou o Estado brasileiro a seu servi\u00e7o, sob a apar\u00eancia da moderniza\u00e7\u00e3o do aparato estatal. Disso \u00e9 exemplo o setor petroqu\u00edmico em que houve a jun\u00e7\u00e3o da Petrobr\u00e1s com corpora\u00e7\u00f5es transnacionais e a participa\u00e7\u00e3o de empresas privadas de capital nacional. \u00c9 o chamado \u201cModelo Tripart\u00edcipe\u201d. Com as privatiza\u00e7\u00f5es essas empresas foram internacionalizadas, excluindo a participa\u00e7\u00e3o das empresas de economia mista, ap\u00f3s usufru\u00edrem in\u00fameras vantagens concedidas pelo Estado. Isso consolidou o dom\u00ednio imperialista com o apoio do Estado. Nas \u00faltimas d\u00e9cadas o Estado nacional vem se enfraquecendo sendo aparentemente substitu\u00eddo por supostos investimentos de controle externo que ademais n\u00e3o t\u00eam ocorrido como previstos.<\/p>\n\n\n\n

O Estado brasileiro foi fundamental na implanta\u00e7\u00e3o de uma pol\u00edtica energ\u00e9tica nas \u00e1reas de petr\u00f3leo, energia el\u00e9trica e no Programa Nacional do \u00c1lcool. O enfraquecimento crescente do Estado debilitou de modo substantivo o desenvolvimento de infra-estruturas energ\u00e9ticas do pa\u00eds, como foram exemplo os setores do \u00e1lcool e o el\u00e9trico, culminando neste \u00faltimo caso com o famigerado afeg\u00e3o, fruto da pol\u00edtica de estabilidade financeira do FMI. Este considera investimentos do Estado com o objetivo de aumentar a oferta de energia em resposta ao aumento da demanda, utilizando recursos pr\u00f3prios das empresas, como sendo de efeitos inflacion\u00e1rios. Simplesmente incr\u00edvel!<\/p>\n\n\n\n

Dir-se-ia ent\u00e3o que hoje o projeto imperialista objetiva a destrui\u00e7\u00e3o do Estado, o qual est\u00e1 sendo substitu\u00eddo por corpora\u00e7\u00f5es transnacionais, ONGs e agentes externos atuando em postos chave das estruturas governamentais. Essa destrui\u00e7\u00e3o facilita o controle externo dos recursos naturais estrat\u00e9gicos localizadas nas regi\u00f5es intertropicais, os quais as na\u00e7\u00f5es hegem\u00f4nicas carecem para dar solu\u00e7\u00e3o a suas necessidades vitais no campo energ\u00e9tico.<\/p>\n\n\n\n

Assim, o imperialismo utilizou-se do Estado e, agora, o descarta com a ideologia neoliberal: n\u00e3o s\u00e3o mais necess\u00e1rios nem o Estado nem as gentes brasileiras. Noutras palavras, a internacionaliza\u00e7\u00e3o, o exterm\u00ednio e o desemprego est\u00e3o indissoluvelmente vinculados. O governo do Presidente Lula, entretanto, nada faz para reverter esse quadro antinacional. Apenas interrompeu as privatiza\u00e7\u00f5es, por\u00e9m isso de pouco adianta se n\u00e3o houver a recomposi\u00e7\u00e3o do Estado. Sob o argumento falseado da governabilidade, o pa\u00eds \u00e9 submetido \u00e0s garras do imperialismo. Isso analisado do \u00e2ngulo energ\u00e9tico ganha conota\u00e7\u00e3o nociva ante a sobreviv\u00eancia nacional. Trata-se de dupla omiss\u00e3o na etapa hist\u00f3rica em que a quest\u00e3o energ\u00e9tica \u00e9 essencial ante o esgotamento do petr\u00f3leo: a cegueira em rela\u00e7\u00e3o ao tr\u00f3pico e o descuido diante da oportunidade mundial em que o Brasil poderia afirmar-se como pot\u00eancia econ\u00f4mica.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante enfatizar que essa oportunidade \u00e9 \u00fanica em toda a hist\u00f3ria: nenhum outro pa\u00eds a teve nas circunst\u00e2ncias atuais do Brasil. Por mais louv\u00e1vel que seja a atua\u00e7\u00e3o do chanceler Amorim, a sua pol\u00edtica externa n\u00e3o encontra suporte interno, apesar das nossas excepcionais condi\u00e7\u00f5es naturais. N\u00e3o existe projeto prevendo o aproveitamento dessas oportunidades e, pelo contr\u00e1rio, caminha-se em dire\u00e7\u00e3o oposta: a internacionaliza\u00e7\u00e3o destrutiva, incompat\u00edvel com a necessidade de fortalecimento do Estado nacional. Por suporte interno designamos uma estrat\u00e9gia de poder que mude a matriz energ\u00e9tica dando prioridade \u00e0s potencialidades dos tr\u00f3picos, fundamento imprescind\u00edvel a uma pol\u00edtica externa independente. Nesse campo as vantagens comparativas brasileiras s\u00e3o incompar\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

No panorama contempor\u00e2neo observa-se uma situa\u00e7\u00e3o dram\u00e1tica do ponto de vista energ\u00e9tico, envolvendo pa\u00edses da import\u00e2ncia da China, \u00cdndia, Jap\u00e3o e Alemanha. Eles necessitam solu\u00e7\u00f5es energ\u00e9ticas renov\u00e1veis e limpas que somente se encontram dispon\u00edveis nas condi\u00e7\u00f5es naturais do continente tropical brasileiro. As demais regi\u00f5es tropicais (Austr\u00e1lia, Indon\u00e9sia, \u00c1frica Central e Sudeste Asi\u00e1tico) n\u00e3o desfrutam de enormes \u00e1reas territoriais ainda vazias, recursos h\u00eddricos abundantes e intensa e exuberante radia\u00e7\u00e3o solar, como ocorre no continente brasileiro.<\/p>\n\n\n\n

O relacionamento da na\u00e7\u00e3o brasileira com esses pa\u00edses deve ser equacionado de maneira equ\u00e2nime, e n\u00e3o pela via submissa e colonial que tem caracterizado a postura do Brasil diante do poder mundial.<\/p>\n\n\n\n

Essa mudan\u00e7a interna da matriz energ\u00e9tica e sua correspondente pol\u00edtica externa, \u00e9 a maneira de o Brasil assumir um papel de independ\u00eancia fortalecendo-se com pactos externos com esses pa\u00edses e caminhando na dire\u00e7\u00e3o que lhe cabe de sujeito da hist\u00f3ria neste crucial momento de colapso dos combust\u00edveis f\u00f3sseis. Isso implica em superar a deplor\u00e1vel condi\u00e7\u00e3o colonial das \u00faltimas duas d\u00e9cadas de neoliberalismo deplor\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

O nosso desafio \u00e9 romper com a depend\u00eancia, e n\u00e3o a covardia de administr\u00e1-la ao erigir a impot\u00eancia como signo da identidade nacional. Com a imin\u00eancia do ocaso dos combust\u00edveis f\u00f3sseis estamos diante de um fato novo relacionado com os limites do capital, que v\u00e3o al\u00e9m das contradi\u00e7\u00f5es internas entre as for\u00e7as produtivas e as rela\u00e7\u00f5es de produ\u00e7\u00e3o, porque agora o que est\u00e1 em jogo, pela primeira vez na hist\u00f3ria do homem, \u00e9 a possibilidade da destrui\u00e7\u00e3o entr\u00f3pica da natureza, ao tornar-se problem\u00e1tica a sua capacidade de produzir trabalho. \u00c9 por isso que o epicentro energ\u00e9tico do futuro da humanidade situa-se nas regi\u00f5es intertropicais, onde est\u00e1 banido o aumento da entropia do universo por causa do permanente fluxo eletromagn\u00e9tico irradiado pelo astro rei: o sol. Este fluxo permite a estabilidade de um mundo auto-sustent\u00e1vel, crucial no futuro do processo de desenvolvimento das civiliza\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Os essenciais condicionantes da natureza, os recursos naturais variados e abundantes, as vantagens comparativas incompar\u00e1veis, todas as oportunidades oferecidas s\u00e3o por\u00e9m in\u00f3cuos diante da falsa simbologia de valor de sistema financeiro internacional, representando todas as riquezas em processo esp\u00fario de emiss\u00e3o arbitr\u00e1ria e monop\u00f3lica exercido por gangues internacionais a servi\u00e7o de pot\u00eancias b\u00e9licas hegem\u00f4nicas que condicionam a humanidade a sua brutal capacidade de matar.<\/p>\n\n\n\n

A atitude de um governo nacional deve conduzir necessariamente a sociedade brasileira para a liberta\u00e7\u00e3o desse esquema in\u00edquo de domina\u00e7\u00e3o. O Brasil n\u00e3o tem qualquer alternativa dentro desse sistema financeiro internacional, comandado o poder nacional de maneira absoluta por meio de seus prepostos em todas as esferas que transforma os dirigentes eleitos pelo voto universal em marionetes e a justi\u00e7a em instrumentos de interesse anti-nacionais.<\/p>\n\n\n\n

Isso se evidencia atualmente de maneira escandalosa com as violentas press\u00f5es para desvincular o Banco Central de qualquer poder interno, subordinando-o ao controle externo. A sem\u00e2ntica \u00e9 um esc\u00e1rnio quando menciona que esse processo visa a um Banco Central aut\u00f4nomo. O Partido dos Trabalhadores, hoje no poder, que deveria supostamente defender o valor do trabalho e a liberdade de seu povo, na verdade \u00e9 o agente de orgia financeira a favor de opulenta e nefasta oligarquia financeira internacional.<\/p>\n\n\n\n

Nesse contexto, o poder imperial atua para impedir qualquer veleidade de autonomia na estrutura produtiva com a imposi\u00e7\u00e3o da ALCA. A isso se d\u00e1, cinicamente, o nome de \u201cassocia\u00e7\u00e3o de livre com\u00e9rcio\u201d, ou seja, mais um esc\u00e1rnio sem\u00e2ntico para humilhar a intelig\u00eancia e a dignidade dos brasileiros e conduzir o nosso povo \u00e0 ru\u00edna.<\/p>\n\n\n\n

Jos\u00e9 Walter Bautista Vidal e Gilberto Felisberto Vasconcellos – Engenheiro e f\u00edsico nuclear, Presidente do Instituto do Sol, ex-Coordenador do Pr\u00f3-\u00c1lcool; e Soci\u00f3logo e professor de ci\u00eancias sociais na Universidade Federal de Juiz de Fora, respectivament<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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