{"id":1091,"date":"2009-01-23T10:22:16","date_gmt":"2009-01-23T10:22:16","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:33:55","modified_gmt":"2021-07-10T23:33:55","slug":"a_energia_eolica_global_vai_de_vento_em_popa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/energia\/artigos_energia\/a_energia_eolica_global_vai_de_vento_em_popa.html","title":{"rendered":"A energia e\u00f3lica global vai de vento em popa"},"content":{"rendered":"\n

De acordo com o recente informe divulgado pelo Conselho Global de Energia E\u00f3lica (Global Wind Energy Council – GWEC), a ind\u00fastria mundial de energia a partir do vento instalou no \u00faltimo ano de 2004 um total de 7.976 Megawatts (MW), o que significa um aumento de 20% no total.<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n

<\/span><\/div>\n\n\n\n

Fundado em 9 de Mar\u00e7o de 2005, o GWEC \u00e9 um f\u00f3rum mundial para tratar das quest\u00f5es da energia gerada pelos ventos que congrega representantes desta ind\u00fastria e membros de associa\u00e7\u00f5es representativas do setor. Seus membros trabalham em mais de 50 pa\u00edses representando mais de 1.500 organiza\u00e7\u00f5es que abrangem desde a manufatura de equipamentos, projetos de desenvolvimento, gera\u00e7\u00e3o de energia, finan\u00e7as, consultores especializados, at\u00e9 pesquisadores e acad\u00eamicos. Entre os associados do GWEC se contam, tamb\u00e9m, os maiores fabricantes de turbinas e\u00f3licas. O Conselho Global de Energia E\u00f3lica responde por 47.317 MW, o que significa 99% da capacidade de energia e\u00f3lica instalada mundo.<\/p>\n\n\n\n

Wind Force 12<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Uma dos principais objetivos do Conselho Global de Energia E\u00f3lica \u00e9 a implementa\u00e7\u00e3o do seu projeto \u201cWind Force 12\u201d. O \u201cWind Force 12\u201d \u00e9 uma proposta para aumentar 12% a capacidade mundial de energia e\u00f3lica at\u00e9 o ano 2020. O informe divulgado demonstra que n\u00e3o existem barreiras t\u00e9cnicas, econ\u00f4micas ou de fontes para fornecer, at\u00e9 essa data, 12% das necessidades energ\u00e9ticas mundiais somente a partir dos ventos. E isto, se coloca como um desafio num cen\u00e1rio de crescimento de dois ter\u00e7os da demanda de eletricidade projetado nesse intervalo de tempo.<\/p>\n\n\n\n

Os pa\u00edses com o maior n\u00famero de instala\u00e7\u00f5es de energia e\u00f3lica, s\u00e3o os seguintes: Alemanha (16.629 MW), Espanha (8.263 MW), Estados Unidos (6.740 MW), Dinamarca (3.117 MW) e \u00cdndia (3.000 MW). Alguns pa\u00edses, como It\u00e1lia, Holanda, Jap\u00e3o e Reino Unido, est\u00e3o acima ou pr\u00f3ximos da marca dos 1.000 MW.<\/p>\n\n\n\n

A Europa continuou a dominar o mercado global em 2004, com 72.4% das novas instala\u00e7\u00f5es (5,774 MW). A \u00c1sia foi respons\u00e1vel por 15.9% das instala\u00e7\u00f5es (1.269 MW), seguido pela Am\u00e9rica do Norte (6.4%; 512 MW) e a regi\u00e3o do Pac\u00edfico (4.1%; 325 MW). Am\u00e9rica Latina mais o Caribe (49 MW) e a \u00c1frica (47 MW) ficaram, cada um, com 0.6% do mercado. (Gr\u00e1fico 3).<\/p>\n\n\n\n

\u201cA Europa \u00e9 l\u00edder mundial em energia e\u00f3lica, mas hoje estamos presenciando a globaliza\u00e7\u00e3o desse mercado. Na Uni\u00e3o Europ\u00e9ia, este mercado tem crescido em m\u00e9dia 22% ao ano, nos \u00faltimos seis anos; por\u00e9m, o r\u00e1pido progresso que essa ind\u00fastria poderia alcan\u00e7ar \u00e9 contido por obst\u00e1culos como o acesso a placas, a acumuladores e pelas barreiras administrativas\u201d, disse Arthouros Zervos, Presidente da European Wind Energy Association (EWEA). \u201cNovas iniciativas pol\u00edticas do G-8 poderiam dar um empurr\u00e3o no mercado de energia e\u00f3lica; a ind\u00fastria est\u00e1 bem posicionada e pronta para um come\u00e7o ligeiro ao menor sinal pol\u00edtico\u201d, finalizou.<\/p>\n\n\n\n

O crescimento do mercado nos Estados Unidos foi lento devido \u00e0 grande demora na amplia\u00e7\u00e3o da vig\u00eancia do Production Tax Credit (PTC) federal para a energia e\u00f3lica, que expirou em Dezembro de 2003 e foi prolongado em Outubro de 2004. Os projetos propostos voltaram com toda a for\u00e7a e a American Wind Energy Association (AWEA) espera que, em 2005, sejam instalados nos EUA mais de 2.000 MW.<\/p>\n\n\n\n

A incerteza continua a atormentar o mercado estadunidense, pois o PTC tornar\u00e1 a expirar em Dezembro de 2005, a n\u00e3o ser que o Congresso decida, com rapidez, estender os incentivos.<\/p>\n\n\n\n

A ind\u00fastria de energia e\u00f3lica dos Estados Unidos est\u00e1 pleiteando uma extens\u00e3o de longo prazo, pois somente assim poder\u00e1 planejar um crescimento maior e mais equilibrado para os pr\u00f3ximos anos. \u201cNos Estados Unidos, a tecnologia da energia e\u00f3lica est\u00e1 oferecendo energia limpa, segura e inesgot\u00e1vel para clientes por todo o Pa\u00eds, mas seu uso ainda \u00e9 atrapalhado pela intermit\u00eancia e pela incerteza quanto ao incentivo federal para a e\u00f3lica e para outras fontes renov\u00e1veis de energia\u201d declarou Randall Swisher, Diretor-Executivo da AWEA. \u201cMas para que a energia e\u00f3lica contribua com uma parcela substancial no consumo de eletricidade da na\u00e7\u00e3o, as empresas precisam de um planejamento est\u00e1vel, compar\u00e1vel, ao menos, \u00e0s dispon\u00edveis para as tecnologias convencionais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

\u201cA capacidade de gera\u00e7\u00e3o de energia e\u00f3lica na Austr\u00e1lia quase duplicou nos \u00faltimos 12 meses, com a instala\u00e7\u00e3o de 380 MW no final de 2004. Este tipo de energia \u00e9 uma das fontes de energia que mais crescem, pois j\u00e1 foi testada, \u00e9 constru\u00ed da com rapidez e \u00e9 vi\u00e1vel economicamente\u201d, disse Ian Lloyd-Besson, Presidente da Australian Wind Energy Association (AusWEA).<\/p>\n\n\n\n

\u201cAl\u00e9m de ser limpa e n\u00e3o prejudicar o meio ambiente, a energia e\u00f3lica gera investimentos, rendimentos para a agricultura, \u00e9 \u00e0 prova de secas e gera empregos nas comunidades rurais. A Austr\u00e1lia tem algumas das fontes mais poderosas e abundantes de ventos do Planeta podendo chegar a acumular at\u00e9 8.000 MW de energia e\u00f3lica com poucas adapta\u00e7\u00f5es. Mesmo se desenvolvermos apenas metade disso, os benef\u00edcios em rela\u00e7\u00e3o a empregos na regi\u00e3o e \u00e0s oportunidades de exporta\u00e7\u00e3o seriam enormes\u201d.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEm 2004, a ind\u00fastria de energia e\u00f3lica do Canad\u00e1 bateu recordes, com 122 MW instalados. Com certeza esse n\u00famero ser\u00e1 ultrapassado em 2005. Desenvolvimentos recentes nas pol\u00edticas federais e provinciais de energia prometem aumentar em at\u00e9 dez vezes o n\u00famero total de capacita\u00e7\u00f5es para energia e\u00f3lica instaladas no Canad\u00e1 nos pr\u00f3ximos 5 anos\u201d, disse Robert Hornung, Presidente da Canadian Wind Energy Association (CanWEA).<\/p>\n\n\n\n

Quanto \u00e0s informa\u00e7\u00f5es da \u00c1sia, Li Junfeng, Secret\u00e1rio Geral do Chinese Renewable Energy Industries Association (CREIA) disse que \u201cespera-se que a entrada da China no mercado de energia renov\u00e1vel tenha um impacto profundo sobre a ind\u00fastria global. Gastamos muito tempo e energia aprendendo com os sucessos e os fracassos dos nossos parceiros na Europa e no mundo todo\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A energia e\u00f3lica \u00e9 reconhecida atualmente no Hemisf\u00e9rio Asi\u00e1tico, principalmente na \u00cdndia, por ser econ\u00f4mica, completa e por proporcionar uma boa rela\u00e7\u00e3o custo-benef\u00edcio, e tamb\u00e9m por ser uma forma de produ\u00e7\u00e3o de energia comprovadamente limpa, que n\u00e3o prejudica o meio ambiente \u2013 uma fonte de energia muito necess\u00e1ria na \u00cdndia.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA \u00cdndia passou por um crescimento sem precedentes no setor de energia e\u00f3lica. Ao longo do \u00faltimo ano fiscal, isto \u00e9, 2003\/2004, a capacidade para gerar energia a partir dos ventos, no nosso pa\u00eds, cresceu mais de 35%\u201d, disse, por sua vez, Sarvesh Kumar, Presidente da Indian Wind Turbine Manufacturers Association (IWTMA).<\/p>\n\n\n\n

Ainda na regi\u00e3o, o representante da Japanese Wind Energy e da Japanese Wind Power Associations, Hikaru Matsumiya, declarou que \u201co Jap\u00e3o planeja, ap\u00f3s a ratifica\u00e7\u00e3o do Protocolo de Kyoto, atingir a meta de 3.000 MW em energia e\u00f3lica at\u00e9 o ano 2010. At\u00e9 agora instalamos cerca de 936 MW, o que significa 20 vezes mais do que era instalado h\u00e1 cinco anos, e esse n\u00famero \u00e9 um ter\u00e7o da meta nacional\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O GWEC, com a autoridade de ser um f\u00f3rum mundial do setor de energia e\u00f3lica, sugere pol\u00edticas nacionais e internacionais mais fortes de apoio \u00e0 expans\u00e3o da energia e\u00f3lica como uma das op\u00e7\u00f5es para a diminui\u00e7\u00e3o da mudan\u00e7a clim\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o projeto \u201cWind Force 12\u201d, se se aumentam os investimentos em energia e\u00f3lica at\u00e9 um n\u00edvel no qual ela possa gerar 12% da eletricidade mundial at\u00e9 2020, resultaria numa redu\u00e7\u00e3o anual de 1.813 milh\u00f5es de toneladas de CO2 em 2020, partindo-se do pressuposto de que ser\u00e3o instalados 1.245.000 MW, a partir de fontes f\u00f3sseis e n\u00e3o-renov\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Hoje, a capacidade global de energia e\u00f3lica instalada no mundo j\u00e1 atingiu o volume recorde de 47.317 MW.<\/p>\n\n\n\n

Por Luisa Colasimone (Jornalista do Global Wind Energy Council)
\nFonte: Revista Eco 21, ano XV, N\u00ba 101 abril\/2005.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Fundado em 9 de Mar\u00e7o de 2005, o GWEC \u00e9 um f\u00f3rum mundial para tratar das quest\u00f5es da energia gerada pelos ventos que congrega representantes desta ind\u00fastria e membros de associa\u00e7\u00f5es representativas do setor.
\n <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":1092,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1454],"tags":[23,11,24],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1091"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1091"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1091\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5571,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1091\/revisions\/5571"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/1092"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1091"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1091"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1091"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}