{"id":1086,"date":"2009-03-26T11:53:48","date_gmt":"2009-03-26T11:53:48","guid":{"rendered":""},"modified":"2021-07-10T20:13:22","modified_gmt":"2021-07-10T23:13:22","slug":"a_fabula_da_ecologia_e_do_tracaja","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/educacao\/textos_educativos\/a_fabula_da_ecologia_e_do_tracaja.html","title":{"rendered":"A F\u00e1bula da Ecologia e do Tracaj\u00e1"},"content":{"rendered":"\n
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Navegando em uma remota regi\u00e3o de um pa\u00eds que sonhava crescer, a Ecologia sentia o drama de viver a destrui\u00e7\u00e3o de imensas florestas tropicais, pela f\u00faria do fogo e a incapacidade humana.<\/p>\n\n\n\n

Seguindo h\u00e1 v\u00e1rios dias entre rios, paran\u00e1s e igarap\u00e9s, a fauna e flora local, somando-se \u00e0 tranquilidade de \u00e1guas negras e l\u00edmpidas, como a pr\u00f3pria express\u00e3o da vida natural, a Ecologia tinha certeza que suas verdades seriam inquestion\u00e1veis pela simples raz\u00e3o de existirem.<\/p>\n\n\n\n

Ao parar no fim de mais um dia, em um tranq\u00fcilo bra\u00e7o de rio, brilhando ainda sob a \u00faltima luz do sol poente, a Ecologia resolveu ir at\u00e9 uma pequena casa que se avistava ao longe, \u00e0 primeira vista em muitos dias.<\/p>\n\n\n\n

Desembarcando, observou as paredes de toro encostados, cobertos pela palha caracter\u00edstica da regi\u00e3o, e chegou pr\u00f3xima ao jovem morador, que preparava sua primeira refei\u00e7\u00e3o do dia, ap\u00f3s o \u00e1rduo trabalho entre seringueiras e castanheiras.<\/p>\n\n\n\n

Observando melhor a panela de barro do jantar, viu que o jovem preparava um tracaj\u00e1, tartaruga t\u00edpica do local e que se encontrava em perigo de extin\u00e7\u00e3o pelo seu abate indiscriminado.<\/p>\n\n\n\n

Indignada, mas s\u00e1bia, a Ecologia perguntou ao jovem:<\/p>\n\n\n\n

– Voc\u00ea sabe o que est\u00e1 comendo?<\/p>\n\n\n\n

– Sim, um tracaj\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Tentando encontrar um melhor caminho para resolver a quest\u00e3o, a Ecologia falou:<\/p>\n\n\n\n

– Olhe, o tracaj\u00e1 \u00e9 um animal protegido, inclusive o governo gasta muito dinheiro para criar e conservar a esp\u00e9cie. Al\u00e9m disso, a lei determina que voc\u00ea pode ser preso por crime.<\/p>\n\n\n\n

Mas, pela l\u00f3gica de que o processo deve evoluir, completou:<\/p>\n\n\n\n

– N\u00e3o vou lhe prender. Prefiro que voc\u00ea seja educado e entenda que se voc\u00ea comer este tracaj\u00e1 no futuro, seus filhos n\u00e3o v\u00e3o mais ver tracaj\u00e1s nos rios.<\/p>\n\n\n\n

E o jovem confuso respondeu:<\/p>\n\n\n\n

– Mas, eu n\u00e3o entendo, se eu n\u00e3o comer o tracaj\u00e1 eu n\u00e3o vou ter filhos!!!<\/p>\n\n\n\n

\"q\"\/<\/figure>\n\n\n\n
<\/div>\n\n\n\n

MORAL<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Para implantar uma consci\u00eancia conservacionista que possui um car\u00e1ter desenvolvido, em uma regi\u00e3o que no m\u00ednimo \u00e9 socialmente e economicamente carente, torna-se necess\u00e1rio primeiro superar a dist\u00e2ncia entre essas realidades.<\/p>\n\n\n\n

\u00a8O homem com fome n\u00e3o pode pensar no amanh\u00e3\u00a8.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Eng. Florestal Luciano Pizzatto<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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