A Lagoa Rodrigo de Freitas está localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, situa-se próximo aos bairros Gávea, Jardim Botânico, Leblon, Ipanema e Copacabana. Esta é circundada pelas avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa e abriga parques, quadras de esportes, rinque de patinação, heliporto, pista para caminhadas, ciclovia. Tombada pelo patrimônio histórico do município é utilizada para competições náuticas e possui 2,4 milhões de metros quadrados de área, circundada por ciclovia pavimentada, com 7,5 km de extensão. Sendo um dos pontos turísticos da cidade.
O ecossistema característico da Lagoa Rodrigo de Freitas possui as características de um sistema lagunar estuarino e representatividades de um Manguezal (Projeto do Professor Mário Moscatelli). De todos os ecossistemas, o manguezal é um dos mais produtivos e também o mais vulnerável aos efeitos do desenvolvimento econômico e do crescimento desordenado das populações humanas. O principal valor dos manguezais está na produção e exportação de detritos orgânicos para as águas estuarinas. Os detritos em suspensão nas águas, compostos principalmente por fragmentos de vegetação e animais (matéria orgânica), formam a base alimentar de diversas espécies de caranguejos, camarões e peixes, encontrados no local, sem contar com a presença de inúmeras aves e répteis. Já a vegetação arbórea do manguezal é composta por poucas espécies. Devido às adaptações estruturais e fisiológicas para sobreviver nesse ambiente de solo pouco compactado, pouco oxigenado e freqüentemente inundado pelas marés, e devido aos projetos de urbanização do mesmo, encontraremos árvores nativas e exóticas para a apreciação da população. De acordo com os resultados do trabalho de campo realizado na Lagoa Rodrigo de Freitas durante o mês de novembro de 2004, desenvolvidos pelos alunos do professor André Micaldas, que ministrou aulas de Interpretação Ambiental, na UFRJ; obtivemos alguns relatos a respeito da flora e fauna local e entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Quanto à flora, notamos a presença das espécies: Hibiscus tiliaceus, Calliandra harrisii, Nerium oleander, Bougainvillea glabra, Bauhinia sp, Cassia fistula, Ficus benjamina, Dillenia indica, Dietes bicolor, Delonix regia, Ixora chinensis, Lantana câmara, Mussaenda frondosa, Solandra grandiflora, Tabebuia sp, Terminalia catappa, Saccharum officinarum, Cecropia pachystachya, Caesalpinia férrea, Laguncularia racemosa, Avicennia africana,Ficus insípida, Dupsis lutescens, Clusia fluminensis, Agave atenuata, Philodendron imbe e Duranta repens.
Quanto à fauna, notamos a presença das espécies: Casmerodius Alba, Pitangus sulphuratus, Phalacrocorax brasilianus, Ardea cocoi, Passer Domesticus, Furnarius rufus, Fluvícola nengeta, Estrilda astrild, Fregata magnificens, Gallinula chloropus, Nycticorax nycticorax, Columbina talpacoti, Vanellus chilensis, Coragyps atratus, Ceryle torquata, Litopenaeus vannamei, Metanephrops rubellus, Colomesus asellus, Caranx crysos, Paralichthys brasiliensis, Gobionellus stigmaticus, Centropomus spp, Mugil liza, Ucides cordatus, Uca thayeri, Goniopsis cruentat, Callinectes sp e Hydrochoerus hydrochaeris.
Sendo assim, viso com a publicação do mesmo, contribuir para o reconhecimento da importância da manutenção desse ecossistema para o equilíbrio ambiental da Lagoa, comprovado pela diversidade de espécies listadas e presentes.
Por Mônica Magnani
A Amazônia na Pré-História
