Construção ecológica” e “desenvolvimento sustentável” são os termos mais quentes do setor de construção no momento, mas o que querem dizer, exatamente? De acordo com o site da Agência de Proteção Ambiental – EPA (em inglês) norte-americana, a construção ecológica é “a prática de criar modelos mais saudáveis e de aproveitamento mais eficiente dos recursos na construção, reforma, operação, manutenção e demolição de edificações” [fonte: EPA (em inglês)]. Os proponentes dizem que a construção ecológica é, não só menos prejudicial ao meio ambiente, como também mais saudável e oferece melhor custo/benefício.
E o que é desenvolvimento sustentável? O Programa Ambiental das Nações Unidas define o termo como desenvolvimento que garanta que nosso uso dos recursos e do meio ambiente não restrinja seu aproveitamento por futuras gerações.
Para empresas, escolas e hospitais, “práticas ecológicas de construção” podem envolver qualquer coisa, do uso de mictórios sem água à geração autônoma de eletricidade. Mas os proprietários de residências que gostariam de criar uma vida mais ecológica muitas vezes não dispõem dos recursos econômicos acessíveis às grandes empresas. Há muitos elementos a considerar e os custos podem fazer muita diferença no orçamento de uma residência. Os proprietários de residências podem economizar por meio do uso de lâmpadas mais eficientes em termos energéticos, mas até que ponto isso beneficia o ambiente e que economia essa prática propicia? E como definir o que é e o que não é ecológico?
Ecologia fora de casa
Existem muitas inovações em termos de construção ecológica além do mercado residencial. Escolas, hospitais e empresas estão adotando os métodos ecológicos, o que faz sentido em termos ambientais e econômicos. Ao melhorar a qualidade do ar e o controle da temperatura e, ao projetar escritórios que ofereçam mais luz natural e espaços abertos, eles recebem como bônus funcionários mais felizes e mais produtivos. O comando das empresas também aprecia inovações ecológicas porque elas beneficiam os resultados econômicos, já que consumidores passam a escolher essas companhias em função de suas credenciais ambientais.
Um edifício ecológico, ou sustentável, aumenta a eficiência do uso de energia, água e materiais. Ele é o resultado de um projeto que preserva recursos e reduz os impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente durante todo o ciclo de vida do prédio, desde a construção e operação até a reforma e demolição.
Os edifícios ecológicos operam com muito mais eficiência que os edifícios convencionais. Eles podem promover economia de custos, aumentar a produtividade do pessoal, melhorar a avaliação financeira da empresa e contribuir para a demonstração de seu compromisso com a sustentabilidade.
Criticada mundialmente pela pouca preocupação com o meio ambiente, a China anunciou recentemente que está investindo em construções ambientalmente responsáveis, tendo sido lançado seu primeiro edifício ecológico, com uma economia de até 70% de energia e 60% de água, o que lhe valeu uma certificação internacional.
Concebido por profissionais americanos e chineses, esta construção destinada a escritórios constitui-se no primeiro edifício no país a receber o “LEED”, sigla em inglês de Liderança em Energia e Design Ambiental, que é um certificado criado por um grupo de empresários da construção nos Estados Unidos, preocupados com a preservação do meio ambiente.
Para imaginarmos a dimensão da iniciativa, foi feita uma projeção sobre o impacto que resultaria se esta tecnologia fosse aplicada em todos os edifícios comerciais na China. A economia energética obtida anualmente seria equivalente à Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, o megaprojeto chinês do Rio Yangtse, com capacidade de 18.200 megawatts, que fará com que supere Itaipu, transformando-se na maior usina do mundo.
O projeto contempla iniciativas que começam pelo telhado, cujo terraço acumula 70% da água da chuva e filtra os agentes poluentes, utilizando espécies naturais de Pequim, além de painéis solares, que fornecem 10% de toda a energia consumida no edifício.
As janelas possuem um filtro invisível, que evita a entrada do calor no verão e sua saída no inverno, enquanto os mictórios não usam água, mas uma cera com agentes descontaminantes, que permite uma economia anual de 15 mil litros de água.
No Brasil também já começa a surgir esta preocupação com a gestão ambiental, onde se procura negócios economicamente rentáveis e ambientalmente sustentáveis, que resultam em empreendimentos operacionalmente mais econômicos, como por exemplo, com a reutilização das águas das chuvas, o que reduz o volume mensal de gastos.
Embora estas iniciativas representem um avanço, os especialistas indicam que o conceito de sustentabilidade não pode ser um novo apelo de marketing, restrito ao mínimo impacto ambiental e menor consumo de energia, devendo abranger o crescimento econômico com equilíbrio ecológico e social.
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